domingo, 15 de novembro de 2015

O tempo que tenho

Já tá fazendo um tempo que ando menos preocupada, que não tenho hora, que não preciso ser exemplo pra ninguém. Faz é tempo que uso meu tempo como quero e dedico-o apenas as pessoas que me fazem sorrir. Faz tempo que virei artista, depois escritora e ainda tive tempo de ser artista de novo.

Há algum tempo a paz é minha maior companheira e novos cabelos brancos não aparecem mais em mim, acho até, que mesmo as rugas retrocederam. Faz tempo que o tempo anda calmo e que tenho tempo pra esperar, pra andar, pra sorrir, pra ouvir, pra sentir,  tenho tempo pra amar.

Faz tempo que minha energia é toda minha e uso ela para aprender a língua do amor, assim, posso olhar para os outros e pensar por mim. Com tempo, tô mais leve, tô mais linda.

Nesse tempo, as segundas ficaram mais bonitas, eu não preciso fazer contas, não preciso ser gentil. Ah! Faz tempo que não encontro robôs, agora eu sinto cheiro de pessoas.
Com meu tempo descobrir, que mesmo a felicidade precisa de tempo e por isso, faz tempo que tenho tempo pra ser feliz.



Luana Melo

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Apenas amor


O amor da sua vida dispensa introdução.  Ele te faz entender o porquê de tantos fins antes desse começo.  Ele cuida de você quase que mais do que dele mesmo. Ele é mais do que você esperava, é o que você precisava.

O amor da sua vida é a melhor pessoa que a vida poderia lhe dar (e não aceite nada menos que o melhor). Ele escuta seus problemas, mesmo quando não pode te ajudar a resolvê-los.  Ele te faz querer morar dentro dos seus braços. Ele respeita teus medos, mas sempre vai te encorajar a superá-los.


O amor da sua vida continua incrível mesmo quando despido de encanto e vestido de humano. Ele te olha com admiração, te toca com respeito e te beija com amor embora os dias já formem anos.  O amor da sua vida não acaba com sua solidão, ele se junta a ela e todos os dias te faz ter mais certeza que você fez a escolha certa. 



Luana Melo

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

De onde venho

Moro numa cidade
Onde bares são garagens que não guardam carros;
Onde a aurora se ver da ponte;
Onde a justiça é rainha e o galo é rei;

Moro numa cidade
Onde os prédios derramam suas lágrimas de concreto, molhando quem passa no seu coração;
Onde as frutas e os temperos batizam os bairros;
Onde a saudade e a coragem têm endereço certo;

Moro numa cidade
Onde o alto pode ser menor que o morro;
Onde o brigadeiro não tem festa, mas tem farda;
Onde o sul e o norte nos levam e nos trazem mostrando seus fins;

Moro numa cidade
Onde as pontes têm seus pontos;
Onde as estrelas formam o chão;
Onde o antigo não é velho;

Moro numa cidade que nem é uma, são três ou mais.




 Luana Melo




sábado, 8 de agosto de 2015

Estado de luto


É sempre muito difícil falar a respeito da morte. Esse parece ser um assunto que ninguém gosta de ‘tocar’, pelo menos não quando a morte é de algum ente querido.
Primeiro nos ensinam que ‘a morte não existe’, as princesas dos filmes nunca morem! Elas dormem, desmaiam, fazem qualquer coisa, mas depois... Sempre voltam à vida (de preferência com um beijo encantando!).
Mais tarde (com as novelas) nos ensinam que só os ‘vilões’ morrem.
E depois (depois se você tiver a ‘sorte’ que isso só aconteça quando você está supostamente ‘preparado’) a vida vem e lhe ensina que os bons também se vão. Que as pessoas que tanto amamos não são eternas. Que a morte existe e está tão perto de nós quanto à vida.

Uma pessoa que amo muito e que já me deixou sempre dizia uma grande verdade:

“Pra morrer, só basta estar vivo.”
...

Bem, mas como o título do texto sugere, eu vou falar da morte (propriamente dita) e sim do luto causado por ela nas pessoas que permanecem por aqui.
Mas afinal, o que é o luto? Ao procurar definições na internet, encontrei uma no Aurélio Online que me pareceu bem clássica:

Período após a morte de alguém em que é costume usar esse traje ou limitar determinados comportamentos.”

Ok, mas...

Penso que se hoje alguém fosse fazer uma definição “moderna” do luto seria algo mais ou menos assim:

Ato de trocar a foto nas redes sociais por alguma contendo a palavra luto ou uma fitinha preta (ou os dois ) e/ou publicar na a palavra LUTO, seja em publicação simples ou utilizando a hashtag (#luto), após a morte de alguém.

Aviso que essa não é uma crítica a quem expressa seu luto dessa forma, afinal, vivemos em um país ‘livre’ e reconheço que no dias atuais somos quase que obrigadxs a postar nossas alegrias e tristezas nas redes sociais. Eu diria que existe uma força ‘invisível’ que nos convida a expor nossas vidas, cada vez mais e mais.
Apenas acho engraçado, pois parece que colocando lá (redes sociais), a mensagem vai chegar ao conhecimento do destinatário. Não importa se esse é umx ex-namoradx, umx inimigx, Deus ou alguém que já se foi, ela vai chegar.

Pois bem, eu particularmente não concordo com nenhuma das definições de luto acima. Não penso que para estar de luto preciso me comportar ou me vestir de forma diferente e muito menos acho que devo gritar aos quatro ventos a minha dor.
Para mim, estar de luto não é um status, uma publicação e sim um estado, uma situação, um sentimento.

Não é porque eu não mudo a foto na rede social ou porque não uso preto em um velório que quer dizer que sofro menos.

Meu luto está no choro calado antes de dormir, nos olhos marejados ao lembrar que não vou ter mais aquele abraço, no nó na garganta por não ouvir mais aquela voz me chamar, na sensação de impotência por não ter conseguido impedir...
Meu luto está na recordação, na gratidão, no carinho, no amor e na eterna saudade de quem não vai voltar.




Luana Melo

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Reconciliação (1)

Então...


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(Silêncio)

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Desculpa.





Luana Melo

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Carta de uma jovem sonhadora

Amor, eu vou... Eu vou porque o meu idealismo é maior que eu, porque os desafios me atraem, porque tenho planos muito maiores para o mundo, porque se não fosse, não seria eu.


Mas deixo contigo meu carinho, minha saudade, meu coração...

Desse último peço que cuide muito bem, alimente-o com amor 3X ao dia, dê banho e coloque pra dormi com muito carinho.
Quando voltar, quero vê-lo forte e saudável, pra que possa abrigar todo o sentimento que esta crescendo em nossa relação.


Vou sentir muita, muita saudade de você, vou desejar tê-lo ao meu lado, em todas as paradas, em todas as paisagens, cada vez que soprar o vento, a cada vez que eu respirar.
Se cuide, fique bem, fique com Deus. Logo voltarei com mais brilho nos olhos, com mais sonhos... Com mais amor pra te dar.

Até breve.



Luana Melo

terça-feira, 14 de julho de 2015

Saiba aonde quer chegar

Meninas, uma regra fundamental na hora que se esta iniciando uma paquera é saber onde vocês querem chegar, ou seja, vocês querem esse ‘cara’ pra: namorar, pra ficar, por uma noite, pra ser melhor amigo, pra casar ter dois filhos e um cachorro, pra fazer ciúmes a alguém, só pra dizer que já teve, pra quê?!

E apesar de vocês acharem essa uma regra simples, muitas vezes não a cumprimos quando nos interessamos por alguém, o que pode nos prejudicar, pois pra que a plano dê certo é preciso saber qual o seu objetivo final.
É claro que esse objetivo pode mudar no andar da carruagem, não precisam ficar nervosas porque um carinha onde o interesse inicial era só ficar acabou se mostrando um forte candidato ao cargo de seu namorado ou vice-versa. Isso acontece freqüentemente.
Algumas de vocês devem estar se perguntado: “Como assim eu que vou decidir o que quero com ele?” Pois é, tenho uma ótima noticia pra você: somos nós que escolhemos sim! A forma como a mulher vai se comportar na hora da paquera e depois quando já se esta saindo com o ‘carinha’ é o que vai determinar o que ele vai querer com ela. Quem nunca ouviu da boca de um homem coisa do tipo “Essa menina não é pra namorar”? E me diga quem é que faz com que os homens pensem dessa forma? Acertou quem disse a própria menina!
Dificilmente uma menina que é descrita por um homem como alguém que não é pra se namorar quer namorar com ele. Só que os homens acham que são eles que determinam se a menina é ou não é pra namorar, simplesmente porque não conseguem perceber que as mulheres em sua maioria têm ou deveriam ter um pensamento similar e discriminar os homens que são e não são pra namorar. E vale ressaltar que definitivamente não são todos. 
 Percebem como tudo isso passa pela questão inicial de se saber aonde quer chegar? É só assim meninas que vocês vão se comportar da forma mais adequada pra conseguir o que querem com ‘gato’.  Ah, essa regra também se aplica as baladeiras hein, se você vai pra balada e se interessa por um cara, pense aonde quer chegar com ele, se for só ficar, nem precisa de muita coisa, pois em baladas tudo é muito, muito mais fácil. Agora se os interesses são outros pensem quais são, definam metas, tracem as estratégias e inicie o jogo!



 Luana Melo 

(Republicação)